Burocracia

Eu ontem não escrevi nada porque o dia começou e terminou de forma intensa. De manhã, seu pai e eu demos entrada no seu passaporte americano nos correios. Achei que seria rápido e realmente teria sido se o Departamento de Estado não exigesse uma foto 5x5 cm para emitir o documento. Quando olhei para você, com menos de um mês de idade, dormindo profundamente no carrinho, pensei: "não vai ser possível". Mas foi. Como sempre, você nos ajudou. O fotógrafo disse para posicionarmos você deitada mesmo, no carrinho, sobre a manta branca que, por sorte, estava com a gente. Se pai contou umas histórias, deu uns sorrisos - e você abriu os olhos. Pronto.

Em quatro semanas, o passaporte chega, pelo correio. Na segunda, começa uma outra maratona: conseguir os documentos no consulado brasileiro (certidão de nascimento e passaporte). Aí fica tudo mais complicado, mais demorado...! De qualquer forma, viva o Brasil! Você não nasceu carioca por acaso!

P.S.: Private joke para a sua avó Regina: ao preencher o formulário nos correios, tive de responder de que cor eram seus olhos. Como são escuros, nem hesitei em escrever "brown". Mais tarde, o Lúcio brincou: "mas são azuis". "Azuis? Não sei onde...!" "São azuis, sim, são da cor azul-marinho, bem escuro!" É que a sua avó torce para que sejam claros, como os do seu pai e os dela. Por enquanto, não sei precisar. E o médico disse que a cor só se define mesmo aos 6 meses de idade.